O que você faria com 10 mil agora?

Imagine que alguém te dá, hoje, dez mil. Um presente. Sem condições, sem pegadinhas, sem expectativa de retorno. Só um envelope recheado de liberdade e uma única instrução: faça algo por você. O que você faria?

Talvez, no impulso, você diga que pagaria dívidas. Ou guardaria tudo para uma emergência. Talvez ajudaria alguém da família, reformaria um cômodo da casa, compraria algo que está adiando há tempos. Mas e se essa quantia não viesse para resolver obrigações? E se ela viesse para atender desejos seus, só seus?

A verdade é que a gente desaprende a desejar. Cresce ouvindo que querer demais é feio, que mulher de verdade é contida e boazinha, que o dinheiro é sagrado demais pra ser “gasto à toa”. Resultado: quando aparece a chance de escolher algo só por nós, a gente trava. Sente culpa. Fica sem saber o que quer.

A gente aprende a se relacionar com o dinheiro só pelo viés da contenção, da escassez, da sobrevivência. Não por prazer, construção ou autonomia. E quando desejo vira pecado, o planejamento financeiro vira castigo. Mas cuidar do próprio dinheiro não deveria ser só apagar incêndio. Deveria ser criar vida — a vida que você deseja.

Se hoje você tivesse 10 mil livres, sem culpa, sem cobrança, o que esse dinheiro revelaria sobre você? Talvez ele mostrasse o curso que você sonha em fazer. Ou a viagem que sempre quis. Talvez apontasse pra uma necessidade de descanso, de tempo, de espaço. O que quer que seja, esse desejo importa. Porque desejo é bússola.

Organizar suas finanças é também um ato de permissão. É dizer pra si mesma: “eu vou cuidar de você, inclusive com dinheiro”. E isso muda tudo. Porque você para de viver apagando incêndios e começa a construir o que realmente te sustenta.

Se você sente que o seu dinheiro não está servindo à sua vida — aos seus sonhos, valores, cuidados — talvez seja hora de mudar a pergunta. Em vez de “como controlar cada gasto?”, experimente “pra onde eu quero ir?”. Porque é a partir disso que a organização faz sentido. Não como controle. Mas como liberdade.

Se quiser ajuda pra fazer isso de um jeito possível, respeitoso com a sua história e com os seus valores, eu tô aqui. Cuidar do seu dinheiro é também cuidar de você. E você não precisa mais se sentir culpada por isso.

Vamos juntas?