Olá, meu nome é Ursula Paes e esta é mais uma edição da minha newsletter. Toda semana, compartilho reflexões sobre autocuidado financeiro e finanças pessoais para mulheres.
Você conhece a história da boa menina que deu tudo o que tinha e, no fim, foi recompensada com moedas que caíram do céu? O conto é mais ou menos assim:
“Uma menina muito pobre, órfã e sem nada além da roupa do corpo e de um pedaço de pão vaga sozinha pelo mundo. Ao longo do caminho, encontra pessoas que lhe pedem ajuda e, uma a uma, doa tudo o que tem: o pão, o gorro, o casaco, a saia e, por fim, até a camisa. Ao anoitecer, sozinha e sem nada, ela busca abrigo em um bosque. Então, estrelas caem do céu e transformam-se em moedas de ouro. Subitamente, a pobre menina torna-se rica para o resto da vida.”
Qual é a moral dessa história? À primeira vista parece uma história bonita sobre como a generosidade atrai recompensas e abundância. Não é mesmo?
Mas e se a gente olhasse essa história por outro ângulo? E se a gente perguntasse: o que ela nos ensina sobre dinheiro? Sobre merecimento, limite, autonomia? Porque, no fim das contas, é disso que estamos falando aqui — da relação da mulher com o dinheiro.
A protagonista simboliza a “boa menina” — aquela que cuida de todos antes de si mesma. A “boa menina” não reconhece suas próprias necessidades. Acredita que sua bondade, por si só, garantirá proteção e segurança financeira. Não calcula, não planeja, não sabe quanto tem de dinheiro. Não negocia, não impõe limites. Entrega tudo o que lhe é pedido, mesmo que isso a deixe sem nada.
Esse enredo reforça a passividade e cria uma armadilha que mantém a mulher dependente, desconectada dos próprios desejos e incapaz de acreditar que pode conduzir e construir a própria vida.
Além disso, será mesmo que essa “boa menina” viverá rica para sempre, como promete o conto? Ou é mais provável que, sem consciência, continue a administrar mal os próprios recursos?
Dinheiro não é uma recompensa mágica: é o resultado de escolhas conscientes, responsabilidade e autonomia. É meio de troca. É a ferramenta usada para realizar seus objetivos de vida.
E é isso que eu quero propor aqui: que você passe a olhar para sua relação com o dinheiro com mais profundidade. E você pode começar pelas histórias que aprendeu a chamar de “virtudes”, mas que, no fundo, serviram apenas para te manter dependente, apagada e sem poder de escolha.
Chega de esperar que algo caia do céu. É hora de agir. E eu estou aqui para te ajudar a dar os primeiros passos.
Quando estiver pronta, eu posso te ajudar a organizar seu dinheiro do zero, mesmo que você nunca tenha encarado seus gastos de verdade. Vamos conversar?
Quero ajudar você, mulher, a ter mais independência, segurança e liberdade, através da organização financeira. Vamos juntas?