Quando pensamos em dinheiro, costumamos relacionar imediatamente à compra de bens materiais: a roupa nova, a viagem de férias, o jantar especial. Mas a verdade é que dinheiro é, antes de tudo, poder de decisão. E aqui surge a pergunta: você tem coragem de bancar suas próprias escolhas?
Você trabalha, faz seu dinheiro, paga seus boletos. Ainda assim, cada decisão financeira vira motivo de ansiedade. Você não sabe ao certo quanto pode gastar, quanto precisa guardar, e pensar no futuro traz mais dúvidas do que conforto.
Em vez de confiar em si mesma, você recorre a alguém que julga mais “capaz”. É como se o seu poder de decisão tivesse saído de dentro de você e se alojado em outra pessoa — um pai, um marido, um amigo. A curto prazo, ter alguém que preenche suas planilhas, te lembra de pagar impostos e assume “total responsabilidade” pela sua vida parece ótimo.
Mas, à medida que o tempo passa, você perde o senso de capacidade e se desconecta das suas próprias necessidades. Aos poucos, sua noção de “o que eu quero” se esvai, e você deixa de enxergar tanto a “eu” do presente quanto a “eu” do futuro. Em um nível ainda mais profundo, talvez você nem consiga desejar nada. Os dias passam e você apenas existe — sem expectativa, sem um propósito pessoal que se estenda para além do agora.
Não é culpa sua. Por muito tempo, nós, mulheres, fomos ensinadas a trocar nossa força plena por uma falsa sensação de segurança vinda de outra pessoa. Não fomos estimuladas a nos conectar com o nosso querer, nossa coragem e nossa potência — e isso também abrange o dinheiro, um território onde raramente fincamos ambos os pés.
A questão é simples: se você não exercita uma capacidade, ela se enfraquece. Assim como um músculo que atrofia quando não é usado, seu senso de poder e decisão tende a desaparecer se você delegar completamente o cuidado do próprio dinheiro.
“As capacidades clamam para serem usadas e cessam seu clamor somente quando são bem usadas. Ou seja, capacidades também são necessidades. Não apenas é divertido usar nossas capacidades, como também é necessário. Capacidade ou órgão não utilizados podem tornar-se centro de doença ou atrofiar-se, diminuindo a pessoa.” — Maslow, citado por Betty Friedan em A Mística Feminina.
Portanto, quando você renuncia a gerir o próprio dinheiro — e, por consequência, a própria vida — os sentimentos de incapacidade se agravam. É uma perda enorme, pois impede que você acesse todo o seu potencial. E sim, dentro de você há um poder latente, pronto para sustentar aquilo que chama de felicidade.
O meu convite desta semana é que você compreenda a importância desse poder e se permita aprender a cuidar do seu dinheiro. No começo, pode ser desafiador, mas vale muito a pena. Muito mais do que lidar com números, trata-se de uma experiência única de crescimento e transformação pessoal.
Que tal dar o primeiro passo?
Quero ajudar você, mulher, a ter mais independência, segurança e liberdade, através da organização financeira. Vamos juntas?