“Isso não é para você”

Quantas vezes você ouviu essa sentença? Basta mencionar que quer algo — uma viagem de férias, uma mudança de carreira, um eletrônico novo — e alguém já afirma: “Esquece, isso não é pra você.”

Para muitas mulheres, essa fala não se resume a “não ter recursos”. Historicamente, fomos ensinadas a não querer muito para não parecer “ambiciosas demais”, quase como se certas ambições não combinassem com o nosso “lugar”. É uma mensagem que diz: “Você não pode, não deve, não merece.”

Não estou dizendo que basta ter uma “mente próspera” e tudo se resolve. A questão é mais profunda: até que ponto você foi condicionada a achar que não pode obter, por mérito próprio, aquilo de que precisa?

Talvez, para manter tudo sob “controle”, você tenha aprendido a abafar seus desejos. Mas já reparou que, ao negar o que quer, você fica exatamente onde está? Não dá para conquistar o que você nem admite querer. E, sem aceitar conscientemente suas necessidades, você tranca, dentro de si, suas possibilidades.

Pense naquela viagem dos sonhos. Hoje, você pode não ter recursos suficientes. Mas, se algo não cabe no seu presente, você pode se organizar para que caiba no futuro. O quanto você poderia poupar por mês se fizesse pequenos ajustes ou conseguisse uma renda extra? Em vez de decretar “Isso não é pra mim”, você poderia dizer: “Daqui a três anos, eu vou.”

Isso é organização financeira: ter um desejo, avaliar custos e definir um prazo para realizá-lo. Quando você reconhece o que quer, constrói uma estratégia real para chegar lá.

Então, meu convite hoje é direto: abrace seus desejos. Não deixe que as crenças de outras pessoas determinem do que você é capaz.