Você trabalha muito, mas nunca é o suficiente

Por fora, tudo parece ótimo: viagens, cursos, bons restaurantes, momentos inesquecíveis ao lado das pessoas que você ama. Mas, quando chega a metade do mês, só você sabe que o salário já acabou. E, pior, se surgir qualquer imprevisto, tudo vira um caos.

Eu sei que você se orgulha da carreira que está construindo, mas, lá no fundo, teme que tudo possa ruir a qualquer momento. É como se, não importasse quão bom fosse o seu salário, ele viesse sempre acompanhado de uma pitada de insegurança. E fica aquela dúvida: “Se eu parar agora, será que consigo bancar as contas?”

Eu sei o quanto isso pesa, especialmente para nós, mulheres.

Crescemos em um ambiente que raramente nos ensinou a lidar com dinheiro, como se esse assunto não fosse nosso “território”. Então, mesmo conquistando tantas coisas, você acaba se sentindo sozinha, sem ter com quem conversar sobre medo ou insegurança financeira. E, quando as contas apertam, a angústia vem junto de um certo sentimento de culpa, não é?

Mas, acredite, não há nada de errado com você por sentir isso. A forma como lidamos com dinheiro reflete muito do que vivemos — nosso contexto, nosso aprendizado (ou a falta dele) e o que a sociedade espera de nós. Não é culpa sua. Ao mesmo tempo, é reconfortante saber que você pode, sim, mudar esse cenário.

E por onde começar? 

Talvez reconhecendo o que te angustia. Percebendo onde, no seu dia a dia, o dinheiro vai embora quase sem que você perceba — e, principalmente, entendendo que não precisa dar conta de tudo sozinha. Você pode conversar com uma amiga que entenda de finanças ou buscar alguém que possa te guiar nessa jornada de se organizar melhor.

No fim, o que importa é lembrar que você trabalhou demais para chegar até aqui. Não é justo que o sucesso que você conquistou venha junto de um medo constante de que o dinheiro não baste. Você merece viver seus momentos bons sem culpa, sem ficar apreensiva toda vez que olha o extrato bancário.

Não tem mágica, mas tem caminho. E, acima de tudo, tem a sua decisão de sair desse ciclo de insegurança. Você não está sozinha e não precisa continuar empurrando esse medo para o mês seguinte.

Porque, no fim, você merece usufruir tudo o que construiu — de verdade, e em paz.